quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Brasiiiiiiiiiiiiiiiiil !

Brasiiiiiiiiiiil ! 


O Brasil parou ontem por causa do anúncio do novo técnico da seleção brasileira de futebol, e para não ficar apenas ouvindo  as opiniões de nossos briosos especialistas da imprensa esportiva, resolvi também botar minhas asas para fora.

A seleção brasileira de futebol será comandada por Felipão com a coordenação técnica de Parreira.

A maioria da imprensa esportiva no Brasil, e até mesmo correspondentes em outros planetas, gritavam por mudanças e evolução no futebol brasileiro e, para  tanto, pediam o espanhol Pepe Guardiola, vitorioso no comando do Barcelona, a frente da seleção nacional. Faltando um pouco mais de um ano e meio para a realização da copa do mundo, a escolha de Guardiola seria de alto risco.

Concordo com nossos briosos e empolgados jornalistas esportivos de que o Brasiiiiiiiil precisa evoluir, pelo menos, ou principalmente, no campo de jogo.  Novos estilos e táticas já se fazem necessárias na maneira de jogar o antigo esporte bretão por aqui em nossas terras escaldantes. Entretanto, a mudança não deve partir de uma seleção nacional, mas sim dos clubes, da base de todos os clubes. Foi assim em 1974 quando a seleção holandesa de futebol encantou o mundo com seu futebol total. A base daquela maneira de jogar foi o Ajax, campeão da europa em anos anteriores a copa. Foi com a seleção espanhola campeã mundial em 2010, que seguiu o estilo Barcelona. Foi assim com as seleções brasileiras de 1958, 1962 e 1970, que seguiram o futebol arte de Santos, Botafogo e Cruzeiro. Logo o trabalho deve partir dos clubes, e Guardiola, no momento, seria muito bom para o futebol brasileiro, dirigindo um time de um clube brasileiro.

No tocante a escolha da dupla Felipão- Parreira, me parece acertada assim como tambem seria se fosse outro nome em atividade no futebol brasileiro.  Zagallo e Parreira e depois Felipão, são os responsáveis pelos  três títulos mundiais do Brasil desde 1970, como também pela colocação da seleção nacional entre os quatro primeiros colocados em mundiais, o quarto lugar em 1974, o segundo lugar em 1998, com exceção de 2006 ,já que o terceiro lugar em 1978 teve no comando Claudio Coutinho que também trabalhou em 1970 com Zagallo e Parreira. Isso é fato. São os maiores vencedores no comando da seleção brasileira, o que talvez não agrade uma grande parcela de nossa imprensa que gosta de elogiar e incensar os perdedores.

 O comando da sinistra CBF optou pela escolha de treinadores vencedores  e que possam ganhar a copa de 2014. O objetivo da CBF, deixa claro, a conquista da copa , independente de futebol arte, futebol show e renovação na maneira de jogar.

Com Felipão e Parreira teremos a volta do futebol pragmático , de eficaz esquema defensivo jogando no erro do adversário. Nenhuma inovação tática ou artística , mas que já deu dois títulos mundiais para o Brasil, garantindo lucros para muitos e preservando o emprego de muitos profissionais da imprensa.
O único que não lucra com as conquistas da seleção brasileira é o torcedor. Atualmente, inclusive, são com os impostos dele que estádios como o Maracanã, um patrimônio do povo brasileiro, estão sendo reconstruídos, para depois serem entregues a iniciativa privada
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Quanto a renovação de nosso futebol, também toco meu trombone. Se faz necessária pois podemos jogar um futebol  bonito, competitivo, eficaz e vitorioso. Entendo, porém, que passa pelos clubes, pela formação de atletas, pela base, a mudança de filosofia e estilos.

A renovação , também , deve passar pelas mídias. Atualmente temos visto a tv globo, detentora de direitos de transmissão de todos os eventos de futebol, exigindo mais regalias no contacto com clubes e jogadores. O que mais quer a tv globo ? Fazer das preleções dos treinadores e das rodas de conversa dos jogadores antes dos jogos um reality show ? Ou será , ainda, que deseja mais espaço para que seus repórteres e jornalistas possam assistir os atletas se banhando depois dos jogos ? Se faz necessário e urgente que a exclusividade na transmissão de partidas de futebol também acabe por aqui, até mesmo para que o torcedor tenha opções de escolha e que os horários das partidas sigam uma racionalidade que não esteja condicionada aos acontecimentos e eventos retratados na avenida Brasil.

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