quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Surfando em Wall Street



 Surfando em Wall Street



Elevação do Nível do Mar

A elevação do nível do mar provocada pelo aquecimento global tem ocorrido 60% mais rapidamente do que o estimado em 2007 pelo grupo de climatologistas da ONU, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), revelaram cientistas em um estudo que será publicado esta quarta-feira (28).
Atualmente, os mares subiram 3,2 mm ao ano, em média, segundo o estudo realizado por três especialistas em clima e publicado no periódico científico Environmental Research Letters.
A projeção "mais confiável" do IPCC, em 2007, baseada em dados de 2003, previa uma elevação de 2 mm ao ano atualmente.
A nova cifra converge com a ideia amplamente difundida de que o mundo se encaminha para uma elevação do nível do mar de um metro até o fim do século, declarou Grant Foster, da empresa americana Tempo Analytics, co-autor do estudo.
"Eu diria que um metro de elevação do nível do mar até o fim do século é provavelmente próximo do que se encontraria se você consultasse as pessoas mais informadas" a respeito, disse Foster.
"Em terras baixas, onde você tem um grande número de pessoas vivendo no limite de um metro do nível do mar, como Bangladesh, isto significa o desaparecimento da terra que sustenta suas vidas, e você terá centenas de milhões de refugiados climáticos, e isto pode levar a guerras por recursos e todo tipo de conflitos", acrescentou.
"Para grandes cidades costeiras, como Nova York, provavelmente o principal efeito seria o que vimos com o furacão Sandy", prosseguiu.
"Toda vez que temos uma forte tempestade, você tem uma intensidade maior e isto traz um risco maior de inundações", prosseguiu.
O estudo, chefiado por Stefan Rahmstorf, do Instituto Postdam para a Pesquisa do Impacto Climático (PIK), na Alemanha, mensurou a precisão dos modelos de simulação que o IPCC utilizou em seu Quarto Relatório de Avaliação, publicado em 2007.
Este relatório alertou os governos a colocarem a mudança climática no topo de suas agendas, culminando com a fracassada Cúpula de Copenhague, em 2009, e ajudou o IPCC a conquistar o prêmio Nobel da Paz em 2008.

O novo estudo estabeleceu marcos mais elevados para a previsão do documento sobre temperatura global, destacando que havia "um consenso muito bom" do que está se observando hoje, uma tendência de aquecimento generalizada de 0,16ºC por década.
Mas destacou que a projeção do IPCC para os níveis dos mares estava muito abaixo do que os fatos têm demonstrado.
A previsão do painel para o futuro - uma elevação de até 59 cm até 2010 - "pode também estar tendenciosamente baixa", alertou, uma cautela compartilhada por outros estudos publicados nos últimos anos.
Foster disso que a elevação maior do que a projetada poderia ser atribuída ao derretimento de gelo terrestre, algo que era bem desconhecido quando o IPCC publicou seu relatório e permanece obscuro até hoje.
Outro fator seria a incerteza técnica. A projeção do IPCC tinha se baseado em informações entre 1999 e 2003, e desde então tem havido mais dados, que têm ajudado a provar a precisão de radares de satélites que medem os níveis dos mares ao fazer saltar as ondas de radar sobre a superfície do mar.
O Quinto Relatório de Avaliação do IPCC será publicado em três volumes, em setembro de 2013, março e abril de 2014.

obs. artigo retirado do JB online em 28.11.12


Efeito Estufa

experimentou a sensação de entrar em um carro que ficou muito tempo exposto ao sol? O calor que se sente é resultado do “efeito estufa” dentro do veículo. O calor entra, mas não pode sair e assim, o interior do automóvel fica aquecido. Nosso planeta está sujeito à mesma lei da física e graças aos gases de efeito estufa (que promovem a retenção do calor), podemos viver!   
A falta de vapor de água e gases de estufa e até mesmo da própria atmosfera, leva outros planetas a terem diferenças de temperatura de 200 graus Celsius das áreas expostas ao sol para as áreas de sombra. Assim, o dia é escaldante e a noite gélida, sendo a vida impossível.  

O aquecimento global possibilita extremos mais próximos e homogeneização das temperaturas, sendo condição fundamental para a manutenção da vida. O problema que se vive hoje é que, o ideal projetado de concentração de CO2 na atmosfera para a manutenção da vida é da ordem de 250 a 280 ppm (partes por milhão) - níveis verificados antes da revolução industrial. 
A revolução industrial nos ensinou, entre outras coisas, a obter energia pela queima de combustíveis fósseis e em pouco mais de cem anos a concentração de CO2e na atmosfera passou para 390 ppm. Estima-se que a partir da concentração de 450 ppm existe o risco de entrarmos em um ciclo irreversível, chamado de “feedback positivo”. Nele o aumento de temperatura impede que mares e florestas absorvam CO2 da atmosfera, consequentemente a temperatura aumenta, o que leva a dificuldade maior da natureza sequestrar o carbono e assim por diante.

O assunto é de extrema urgência. Desde o estabelecimento da UNFCCC e do Protocolo de Quioto - criados internacionalmente para combater o aquecimento global, as emissões de gases de efeito estufa não diminuíram. As previsões do IPCC são de que as emissões médias do planeta durante esse centenário, não sejam superiores a 18 GToneladas ano a ano. As emissões atuais são superiores a 40 Gtoneladas. Esse é o tamanho do desafio que os negociadores enfrentam ano a ano na Conferência das Partes
Para piorar, o efeito não é sentido uniforme ou regularmente. Ao contrário de colocar o dedo na tomada, onde facilmente aprende-se a lição, nas questões climáticas, quando se sente o choque pode não haver mais tempo para reagir. 

Fato é que o mundo não vai acabar. A decisão que devemos tomar é se queremos aprender com nossos próprios erros e agir racionalmente para aumentar nossas chances como espécie de sobreviver ou se vamos lançar à sorte nossa própria existência e continuar negando os fatos.

obs. artigo retirado do Portal IG em 28.11.12



E Agora, Michael Jackson ?  

Uma verdade inconveniente volta a circular.  O assunto sobre mudanças climáticas vem sendo discutido  há décadas e ignorado por governos e pela mídia alinhada. Os argumentos contrários, inicialmente, diziam que o planeta não estava passando por alterações no clima.  Sem sustentação, os contrários admitiram as alterações no clima mas , ainda hoje, se recusam a admitir que a interferência do homem seja a causa principal. 

O aumento da concentração de CO2 na atmosfera não é uma causa natural, ele se deve a interferência humana com seus modos e meios de extração de recursos e produção de bens. Mais uma vez foram obrigados admitir, porém argumentam que essa interferência humana pode não ser a causa para as alterações climáticas. Ciclos naturais desconhecidos, podem estar operando e causando as alterações no clima, dizem os defensores do status quo que até admitem um resfriamento do planeta e não um aquecimento. Apelar para ciclos que sequer se tem conhecimento  em detrimento de dados científicos comprovados, não me parece racional, nem científico, nem honesto.

 É certo que uma área com nove metros quadrados, dimensão de um cômodo residencial, com temperatura controlada ,quando ocupada por apenas uma pessoa  vai manter aquela temperatura inicial. Se são adicionadas mais nove pessoas no cômodo, a temperatura subirá em função do metabolismo humano. Desde o início da revolução industrial, com seus modos e meios de produção que agridem violentamente a atmosfera, o planeta deu um salto significativo em sua população, chegando hoje a 7 bilhões de pessoas, além dos animais, no cômodo Terra, que consomem, aquilo que se extrai, se processa , se fabrica, exigindo cada vez mais extração, processamento, produção e consumo.

Tudo isso não necessáriamente deveria se constituir em um problema, se fosse feito com racionalidade e critérios de sustentabilidade, uma vez que o cômodo tem espaço para abrigar toda a população confortávelmente.

 Aí se encontra o conflito. Produzir e consumir com racionalidade e sustentabilidade, inquestionávelmente não é o que acontece com o modelo vigente e, uma mudança nos padrões, não interessa aos países ricos, que desfrutam de estilo de vida incompatível para a realidade do planeta, seja no tocante as necessidades dos povos, seja também na necessidade de recursos naturais. Isso é um golpe fortísssimo para uma ideologia, um modelo econômico e estilo de vida, que se auto declarou vencedor e hegemônico  em pouco mais de duas décadas. Isso porém não significa um retorno à outras ideologias , mas deixa claro o fracasso do modelo atual. 

Infelizmente, para a maioria das pessoas, o assunto não é debatido e apresentado de forma clara e esclarecedora pelos meios de comunicação, haja visto que a maioria dos meios se coloca ao lado daqueles que não desejam alterações no modelo atual.  No Brasil a emissora de TV bandeirantes, porta voz do agronegócio, defende a tese de que não se pode afirmar que as alterações climáticas sejam fruto da ação humana. Para tanto se utiliza de "estudos" de um Físico brasileiro, que com frequencia deita falação nos telejornais da emissora. Assim sendo  a TV Bandeirantes, coloca no mesmo patamar o estudo de milhares de cientistas do IPCC com o de uma única pessoa. Seria rídiculo, se não fosse cômico e também uma fraude intelectual . 
Os demais veículos de mídia abordam o assunto das alterações climáticas, porém o fazem propositalmente com o conceito da vala comum, banalizando-o, assim como no que concerna aos assuntos relativos a  violência,  as drogas, por exemplo. Para o leitor  e telespectador fica a compreensão que " é assim mesmo", " fazer o quê ", "está aí todos os dias" , "deixa ficar", deixar rolar e vamos ver como é que fica". Ontem, na rádio cbn, do grupo globo, o apresentador fazia questão de dizer que as reuniões , agora em curso , sobre as questões climáticas, não tinham muito fôlego por causa da importância da crise financeira mundial, como se fossem dissociadas. A imprensa mundial tem sido um grande impecílio, com omissão e desinformação, para que os povos tenham uma conscienciência ativa sobre o problema em questão.

 Os artigos acima deixam bem claro que os estudos do IPCC não estavam superstimados, como afirmavam em maioria os meios de comunicação, mas sim subestimados, já que o problema é mais grave do que se supunha. O aumento dos níveis dos oceanos, em níveis superiores aos estudos apresentados, revela que o aquecimento do planeta é uma realidade. Não apenas as incertezas no processo de medição , ou o derretimento de geleiras acentuado tem  acarretado esse aumento.  O aumento da temperatura global, influencia no aumento da temperatura dos mares, expandindo as moléculas de água e , consequentemente, elevando o nível dos oceanos. Todos esses fatores contribuem para as alterações no clima. 

Já o show de Madona....


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