quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Pedras e Vidraças - A Imprensa Que Virou Suco

Pedras e Vidraças - A Imprensa que Virou Suco





A globo já era, é passado. Já vem de um bom tempo que o interesse político está presente em todos os programas da grade da globo. Independente do jornalismo, a orientação política da emissora é facilmente percebida em filmes, novelas, programas infantis, programas de auditório, programas de entrevista e até no futebol. O objetivo é sempre o mesmo: formatar a consciência do telespectador naquilo que a globo julga ser importante para o país. O que a globo julga ser importante para o país é definido pelos seus principais parceiros, no caso os setores ultraconservadores dos EUA. A globo é uma extensão dos interesses americanos no Brasil e trabalha de forma incansável de maneira que tais interesses sejam devidamente propagados,solidificados, consolidados e preservados, para todo o sempre ,nos corações e mentes de uma parcela da população brasileira que mistura a susceptibilidade com inocência na recepção de tais conteúdos. Isso significa que uma parcela da audiência da emissora tem um perfil nazi-fascista, consciente ou não, harmonizado com os valores e conceitos políticos que a emissora propaga diariamente, enquanto outra parcela absorve tais conceitos pelos canais da ingenuidade e desinformação histórica. Isso forma uma parcela da população brasileira, que oscila entre 20 e 25%,totalmente alinhada com valores ultraconservadores do campo da direita. Essa parcela pode oscilar, para mais ou para menos, em períodos de eleições, dependendo do sucesso das campanhas conservadoras conduzidas , não apenas pela globo , mas pela maioria dos veículos da grande mídia. Esse quadro começou a ser modificado no ínício dos anos 2000, com o crescimento da internete e com a eleição de um presidente de origem popular. Apesar da intensa campanha conduzida pela grande mídia para desestabilizar, e até derrubar os governos Lula, o que se viu foram vitórias sucessivas do campo popular em 2002, 2006 e 2010. O interesse pelos menos favorecidos, ainda que não seja pleno e revolucionário como ocorre na Venezuela, se fez e está presente nestes governos, o que contraria a tese da grande mídia de que o povo alinha-se com os ideários que esta mesma mídia veicula diariamente. Isso pode ser comprovado nas eleições, quando o poder de formação da opinião pública não mais se restringiu aos grandes meios de comunicação, surgindo na internete uma capilaridade múltipla informativa que diluiu o poder da grande mídia em influenciar as decisões do eleitorado. Uma nova manipulação como a de Collor em 1989 se desfaz em menos de 24 horas,com um efeito disseminador sobre a farsa que pode representar , para os farsantes, um tiro no próprio pé. Nessa nova realidade a grande imprensa acordou e passou a ocupar espaço na internete, não necessariamente para informar mas para disseminar seus valores e conceitos se apropriando dos jargões e estilos predominantes na rede de computadores. Assim chegamos ao pleito em curso, onde a eleição na cidade de São Paulo e o julgamento daquilo que se convencionou chamar de mensalão, misturam-se em análises diárias na grade da emissora, de formas direta e indireta, com o intuito de sedimentar na consciência do eleitor a opção pelos resultados desejados em ambos processos, de maneira que os interesses da emissora sejam favorecidos. Assim sendo, e assim se apresenta para os críticos e atentos, para a globo Lula e o Partido dos Trabalhadores devem ser penalizados de morte, de maneira que o candidato da grande mídia em São Paulo,José Serra, possa ser bem sucedido em sua corrida para chegar a prefeitura de São Paulo e, em 2014, deixar a prefeitura para concorrer na eleição presidencial, como uma alternativa desesperada do ultraconservadorismo brasileiro em alterar a vontade popular, a agenda vitoriosa em prática no governo federal,a aprovação inquestionável do povo brasileiro pelos governos de Lula e Dilma. A grande mídia vem perdendo a batalha das idéias e não mais consegue influenciar e alterar de forma significativa, como no passado , a percepção da maioria do povo brasileiro. De referência hoje ela é referida na imprensa emergente, que evidencia suas práticas e seu semi-jornalismo e, ainda é citada , diariamente, no envolvimento de crimes contra o patrimônio e interesse públicos,alinhado-se em quadrilha criminosa como no caso cachoeira. Mesmo dispondo de palanque privilegiado, por conta de uma legislação ultrapassada sobre meios de comunicação, para disparar suas pedras, não consegue manter nenhuma de suas vidraças intactas.

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