quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A Mídia Brasileira e a Terra do Pateta

A Mídia Brasileira e a Terra do Pateta





Na grande imprensa brasileira , e na mídia de uma maneira geral, é proibido falar mal dos EUA. Neste mês de agosto já foram três os casos de atiradores em cidades daquele país que causaram a morte de dezenas de pessoas.  Um tema repleto de ingredientes para análises que não aparece na mídia e, quando aparece,  tem sido tratado superficialmente, de forma simplória, com "especialistas" sem liberdade de opinião que sempre reduzem as barbáries a atos de pessoas desequilibradas. Estão em cena elementos como a facilidade que  qualquer cidadão tem para a adquirir uma arma de fogo, o constante incentivo a toda sorte de comportamento violento e agressivo produzido pela indústria cultural dentre outros fatores.  Outro assunto tabu na grande mídia brasileira diz respeito ao desenvolvimento de armamentos com alta tecnologia de robótica, que os EUA vem utilizando em uma crescente assustadora para matar pessoas inocentes, criminosos , suspeitos de terrorismo, ativistas de direitos humanos, ou mesmo pessoas que possam gerar uma  antipatia a primeira vista aos operadores de tais barbaridades tecnológicas. Para isso se utilizam da cyber espionagem, de aviões não tripulados com mísseis, nanorobôs de disseminação microorgânica, nano equipamentos de escuta e geração de imagens, micro fontes de radiação ionizante, dentre outras tecnologias. Um cardápio repleto de elementos para se entender a ofensiva imperialista, autoritária, sem precedentes nem nos delírios de Hittler, mas que na grande mídia brasileira, quanto tratado, aparece com tonalidade romântica/evolutiva/tecnologica, ao melhor enredo de guerras nas estrelas, por exemplo. Um outro assunto que  não pode ser abordado na mídia das seis famílias, diz respeito as epidemias do "admirável mundo  contemporâneo", como o sedentarismo, obesidade, estresse, desalinhamentos cognitvos, que no caso da terra do super-homem e  homem aranha vitimam a maioria da população daquele país, tendo como princípios organizadores os hábitos de vida, estilos de vida, fontes de informação diária, falta de contato com a realidade interna de cada um, alimentação industrializada pobre em nutrientes, cultura de massa infantilizante e idiotizante, sucesso enquanto acumulação máxima material, etc... Ainda, um outro assunto diz respeito a um dos principais pilares da propaganda capitalista do país livre, que é a própria democracia.  No país das liberdades plenas , só podem almejar a participação, com chances reais, em um processo eleitoral  os grandes endinheirados. Dois partidos, que mais se parecem como gêmeos siameses, trocam o poder para que os interesses das corporações que comandam o país, possam ser atendidos, em função do tempo de acumulação de riqueza disponibilizado para cada grupo. Ainda , no país livre, qualquer cidadão americano pode ser preso baseado apenas por suspeitas subjetivas sem qualquer acusação formal e sem direito a defesa. O pior , entretanto, para os cidadãos americanos ou de qualquer parte do planeta, é a autonomia do estado americano para decidir matar quem bem entender. Mais uma vez um cardápio repleto de ingredientes para análises sobre o ocaso da democracia na terra da estátua da  liberdade do sistema financeiro. Todos esses temas , e outros mais , são tratados de forma enviesada pela mídia brasileira das seis  famílias.  Essa mesma mídia, que defende a democracia e a liberdade de expressão, tem por princípio talhar as informações, retirando das mesmas não apenas rebarbas, mas conteúdos significativos e relevantes para a informação em um regime democrático. Essa mesma mídia das seis famílias  comporta-se como um polo de disseminação , divulgação e defesa  da cultura  do país da mulher maravilha, reproduzindo as mesmas opiniões da mídia dominante da terra do mickey mouse.  Se não bastasse , a mídia brasileira ainda incorpora, através de seus conteúdos, a estratégia do país das estagiárias no tocante as  sucessivas tentativas para impedir que o Brasil, e também todos os países emergentes, possam se desenvolver, em ciência, tecnologia, cultura, conhecimento, e com isso alcançar uma maior autonomia em todos os ramos do saber.  A firme crença americana de que o mundo não pode mais comportar novos países com o mesmo grau de desenvolvimento dos EUA em áreas sensíveis para uma soberania plena, também é incorporada e assimilada pela mídia das seis famílias brasileiras que não poupa  recursos e esforços para perseguir governos trabalhistas e progressistas, sendo que , se necessário for, organizar ações para derrubar tais governos, como ocorre no Brasil e em outros países da América  latina. Assim sendo, a informação por diferentes pontos de vista  fica profundamente comprometida, e , o povo brasileiro, ainda, é obrigado a engolir a s medíocridades midiáticas produzidas, ou melhor, reproduzidas pela mídia das seis famílias.

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