quarta-feira, 25 de julho de 2012

Comunicação e Linguagem na Mídia

Comunicação e Linguagem na Mídia



"O cenário atual aponta para infinitas possibilidades porém com grandes incertezas, devido aos inúmeros percalços que o caminho oferece nestes tempos de ajustes e definições. As análises, sempre coerentes e precisas,apontam os dilemas da humanidade em mais um período histórico, onde forças opostas travam disputas ferrenhas com o objetivo de fazer prevalecer suas posições. As transformações não seguem uma lógica linear de  acomodação e se apresentam em saltos, por vezes incompreensíveis para o cidadão comum que mesmo dispondo de uma gama diversificada de opiniões ainda não teceu, adequadamente, uma nova, porém antiga, concepção de análise e internalização dos fatos correntes. O caminho tem sido bem trilhado e as orientações para consolidação são, em sua esmagadora maioria, conduzida por luminares do conhecimento, o que transmite tranquilidade e segurança, apesar dos intensos debates que sempre visam o melhor para todos. O empenho é total, diário, e requer um comprometimento visceral, celular, para que as posições não sejam perdidas, os espaços conquistados bem protegidos com a consequente construção de edificações que possam garantir a permanência do ideário. Todo arsenal crítico, de imediato, não pode encontrar repouso no terreno específico devendo ser alvo de análise profunda tendo em conta todas as ferramentas disponíveis para tal. Cabe sempre lembrar que as instituições envolvidas não devem medir esforços para fornecer todo material, humano e técnico, para os grupos de análise, suprindo, assim, eventuais deficiências que possam vir a ocorrer durante o período em questão, no contexto deste artigo. A precisão, assim como a exatidão, são condições fundamentais na cristalização de uma credibilidade forte, transparente, consistente, que devem ser o principal pilar das forças de consolidação que trablham em prol do bem estar da humanidade. Toda e qualquer externalidade deve passar por uma avaliação criteriosa, procurando elmentos de afinidade com o centro condutor, em primeiro lugar, e eliminando aquelas orientações que possam desestabilizar o sistema, principalmente aquelas orientaçõs e conceitos de caráter meramente subjetivo e, que em muitas ocasiões , ganham corpo na estrutural conceitual, desvirtuando os caminhos, confundindo percepções e colocando em risco as instituições  e toda gama de recursos empenhados. Assim, esperamos de nossos parceiros a atenção total, assim como de nossso fiés seguidores a contribuição constante, incansável, para que as disposições aqui bem definidas possam lograr êxito garantindo a segurança de todos". 

O texto acima  pode indicar uma parte de  como a grande imprensa trabalha na construção de suas análises, e informações para o cidadão. O texto não diz absolutamente nada, não especifica o assunto e muito menos contextualiza. Retirando algumas poucas palavras , e acrescentando outras específicas, pode ser utilizado para análise sobre qualquer assunto, desde economia, passando por ciência, religião , política, etc. O texto segue o princípio da hipnose ericsoniana, nome atribuido ao seu criador, Milton Ericson. Trabalhando com generalizações, e utilizando palavras chaves, no caso a especificação do assunto, conduz o leitor/ouvinte/telespectador a compreensão própria do assunto, sem especificar, contextualizar ou definir. As palavras chaves de especificação, juntamente com palavras de indução levam o receptor a crer  que se trata de algo profundo e consistente. A técnica é usada no trabalho psicoterapêutico com grande sucesso , porém, quando utilizada pelos meios de comunicação, se transforma em uma poderosa ferramenta de manipulação e aprisonamento das consciências. O  oposto a esta técnica é a ferramenta da meta linguagem, que através de desafios questionadores , visa especificar o conteúdo, Por exemplo: " o cenário atual aponta para infinitas possibilidade... Que cenário, especificamente ?  " porém, grandes incertezas, devido aos inúmeros percalços que o caminho oferece... Incerteza em relação a quê ? Que percalços, cite alguns ? Que caminho ? É o único ?  " as análises, sempre coerentes e precisas... Que análises ? Feitas por quem ? Coerentes e precisas comparadas com quê ? " o caminho tem sido bem trilhado e as orientações para acomodação... Que caminho ? Trilhado por quem, especificamente ? Que orientações ? Quem as forneceu ? O que deve ser acomodado ? " toda e qualquer externalidade deve passar por uma avaliação criteriosa procurando elementos de afinidade com o centro condutor... Quem avalia ? Que centro condutor ? Ele conduz o quê ou quem ?  E por aí, vai. Todo o texto acima pode ser desafiado pelos padrões da meta linguagem, procurando, sempre especificar, quantificar, definir e contextualizar. Entretanto ainda são poucos que percebem as sutilezas da comunicação midiática para buscar o conteúdo adequado. Associado ao texto, as mídias também se utilizam de outros instrumentos para consolidação de suas informações. Em se tratando de mídias impressas, jornais, revistas, livros, etc... a análise é a mais simples de ser executada pois exclui os elementos visuais e sonoros da comunicação, ferramentas ainda mais poderosas na construção de conceitos pois prevalecem como principais filtros de recepção na maioria das pessoas. Assim sendo, o foco principal recai na televisão e rádio. O rádio trabalha , obviamente com o texto falado e a voz. O ouvinte recebe a informação somente pelos canais auditivos, pela voz do emissor, o que por um lado revela toda a estrutura emocional do emissor, assim como os elementos cênicos sempre, no caso da mídia em questão, associado ao sensacionalismo. O rádio elimina o principal filtro de recepção, que é o visual, mas para um ouvinte atento é póssível perceber as diferentes variações no tom de voz ao se proferir determinadas palavras que servem com fortalecedoras de conceitos que se deseja passar. A desconstrução do conteúdo, em relação a mídia impressa, ganha uma dificuldade a mais, porém,  ainda assim , é fácil de ser percebida pelos ouvintes atentos. Torna-se , ainda mais fácil, perceber a sinceridade das intervenções dos emissores no tocante aos assuntos abordados, principalmente quando manifestações de emoções ( sorrisos, irritações, tristeza, sensacionalsmo )se misturam ao discurso proferido pelos radialistas, revelando, na maioria das vezes, uma compreensão, para o ouvinte atento, contrária ao conteúdo proferido pelo emissor. A terceira, e mais poderosa fonte, é a televisão. A tv trabalha, com o texto , o som e o visual, propiciando ao emissor de conteúdo uma enorme gama de recursos não verbais que também são considerados ferramentas de hipnose no contexto do conteúdo ericsoniano. Para a maioria das pessoas, ao se posicionar na frente de um aparelho de tv, suas capacidades de recepção auditivas e de leitura ( quando são apresentados textos, mesmo que pequenos) são minimizadas pelo filtro predominantemente visual. Não por acaso, a maioria esmagadora dos conteúdos informativos de tv, segue um padrão de apresentação bem definido, no tocante aos apresentadores, aparência, vestimenta, variações no tom de voz e aspectos de comunicação não verbalizados, como sorrisos, expressões de apreensão, sensacionalismo, movimento de braços e mãos adequadamente escolhidos e colocadas em cada notícia. Pode-se assim concluir, que os telejornais, e também outros programas de tv, são apresentados por pessoas que representam papéis para um fim específico, no caso a passagem de informações, o que caracteriza, pela direção ideológia das emissoras, como apenas um programa a mais na grade de cada emissora, não sendo necessáriamente a divulgação de um conteúdo jornalístico, mesmo que sugerido para esse fim. No tocante a aparência, os apresentadores compoẽm um personagem sério, íntegro e de boa aparência. O terno, para os homens , garante a seriedade na condução dos negócios, imprescindpivel para apresentação de notícias. A maioria não usa barba ou bigode e os cabelos são lisos, mesmo que para isso sejam alisados  como fez o apresentador Marcio Correa da tv globo. Aos repórteres de campo, por vezes em situações onde se revelam intrépidos, um relaxamento cuidadoso no visual é permitido. Pessoas gordas não apresentam telejornais,talvez por passar uma idéia cômica das notícias, assim como portadores de deficiências são excluidos das apresentações. A calvice também não é bem vista para apresentadores, salvo para aqueles que anteriormente tinham cabelos e perderam com o tempo , sendo acompanhados pelos telespectadores. O uso de óculos também deve ser evitado para não passar ao telespectador uma ideía de deficiência, devendo os apresentadores utilizar lentes de contato, fato que já causou enorme problema e constrangimento para uma apresentadora da tv globo quando sua lente caiu ficando impossibiltada de ler o texto oculto ao telspectador. As mulheres nos telejornais, em sua maioria, são bonitas, magras, e com os cabelos, lisos, na altura dos ombros, seguindo um padrão geral. A amabilidade feminina, no caso da tv globo especificamente, é reprimida nas apresentadoras de telejornais que , na maioria, passam uma   imagem de firmeza e segurança na divulgação das notícias. O padrão não é necessáriamente seguido por outras emissoras, sendo que no caso da tv bandeirantes o estilo mulherzinha é bem valorizado em todos os programas da rede. A análise não inclui a Tv Brasil e a TVT, sendo que esta última é a única que foge do padrão geral, e com relativo sucesso , apresentando bons conteúdos informativos para o telespctador. A TV brasil peca, em algumas situações, principalmente aquelas no tocante ao padrão de apresentação se igualando as demais, porém é forte no tocante a credibilidade.  Esta análise não pretende aprofundar o tema da comunicação, porém reforça a tese da importância da televisão na formatação das consciências, o que não seria um problema, se o espectro eletromagnético fosse democraticamente distribuído.

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