quarta-feira, 25 de abril de 2012

A Imprensa Ludista

A Imprensa Ludista


E continua o barulho na grande mídia repercutindo a reestatização da empresa argentina YPF. Como é prática nessa imprensa, cada vez mais distante da realidade, os analistas dos grandes veículos de mídia atuam em bloco. Bloco barulhento, sempre com análises que distorcem a realidade. Não se pode dizer que tais cronistas e analistas não sejam pessoas de inteligência acima da média, entretanto, é importante que se diga que a inteligência , em si, não é uma virtude. A virtude se caracteriza pela maneira como a inteligência é utilizada. Grandes criminosos, pertencentes ou não  a grandes organizações do crime, carregam QI's bem elevados. Esse grupo de veículos de mídia, trava , diariamente, uma batalha contra os fatos,  contra a realidade que se impõe diante de seus narizes ( e que narizes grandes ) e , principalmente, contra uma agenda vitoriosa nas urnas desde  2002 e de amplo apoio da maioria da população brasileira. Amarrados em dogmas corroídos pelo tempo, atropelados pela dinâmica de um outro modelo de crescimento e desenvolvimento, insistem em ignorar o fracasso de suas teses.  Assim como os ludistas do século 19, a chamada grande imprensa, grande pelo porte assim como os dinossauros, mas não pelo uso da inteligência, se transforma, perigosamente, em um fator de desestabilização da ordem institucional, como já vem sendo demonstrado pelo caminhar das investigações no caso Cachoeira. Ainda assim, mesmo como a sua credibilidade cada dia mais desmoralizada, deitam tintas e falações cada vez mais agressivas e descontroladas onde o uso constante de rótulos de cunhos fascista e racista , borra e engasga seus conteúdos, promovendo uma dissonância informativa. A decisão do governo argentino, que teve o apoio da maioria da população daquele  país, como afirmam pesquisas de opinião, coloca o estado e a política, no controle estratégico do destino do país. Os mercados, com seus tentálucos da iniciativa privada, até então em sua cruzada anarquica e suicida, tem apresentados inúmeros exemplos de sua incapacidade de atender demandas sociais. A decisão do governo argentino é exemplar e, esperamos que tenha um efeito multiplicador em outros países do continente. No momento em que o governo da Presidenta Dilma lança o PAC da mobilidade urbana uma reflexão sobre as privatizações da triste noite do perído FHC merece um destaque. O programa, para o qual serão investidos bilhões de reais, contempla a construção de novas vias para o transporte público. Está previsto a aquisição de algo em torno de mil vagões para transporte sobre trilhos, o que implica a construção de caminhos de ferro.  Enquanto isso , a Cia Vale do Rio Doce, assim como amiga Repsol na Argentina, vai distribuindo lucros, sem se comprometer com as necessidades do país. Certamente a China vai gostar muito de fabricar mil vagões para o Brasil, garantindo emprego de milhares de chineses. Por quê a Vale não investiu em uma fábrica de trilhos ? E a  fabricação de  vagões e locomotivas que não mais existe no país ? Tudo isso veio no bojo do delírio das privatizações, que na época ainda não existia, com existe nos dias atuais, o grande poder da internete. E é exatamente esse novo poder das mídias sociais que confirma não só a expressão ludista das grandes mídias, como também, e principalmente, vai modulando novas formas de produção de conteúdos infromativos, fazendo das mídias tradicionais um porto seguro anacrônico, onde o atraso, o retrocesso e o crime reinam, ainda, impunes.



Nossa Imprensa Esportiva...

Uma partida de futebol acontecia normalmente. Como de costume, nossa briosa e animada imprensa radiofônica, disponibiliza profissionais no campo de jogo para informações mais precisas  e repleta  dos mais variados detalhes. Um repórter, daqueles que fica posicionado atrás dos gols, foi chamado pelo narrador para detalhar um lance. Ele começou bem a narrativa, seguiu com elegância mas o final foi uma tragédia.  Tudo aconteceu quando um jogador de um dos times cobrou uma falta, bem perto da área do time adversário. O jogador que cobrou a falta tinha um chute violentíssimo que acabou acertando um jogador que estava na barreira· Aí vai o diálogo:
narrador -  E aí fulano, o que vocẽ viu ?
repórter  - Um falta cobrada com extrema violência atingiu as partes baixas de uma atleta que caiu , imediatamente, e grita de dores. Felizmente todo o departamento médico do clube já se posicionou para o atendimento ao atleta. Ao que parece ele sofreu falta de ar mas já se recupera lentamente. O serviço médico está aplicando um spray para amenizar a dor e flexionando as pernas do atleta. Esse é o único momento que quando um jogador sofre uma pancada não são permitidas massagens. Bola com bola não é mole não. Informou Capemisa, as pessoas seguras são mais felizes.

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