O Conflito Religioso e o Pensamento Único.
" Não sou um adepto da extinta URRS e não nutria simpatia por aquele regime, mas a sua extinção causará um enorme desequilíbrio no planeta, isso se a nossa Teoria da Complexidade estiver correta " Esse texto consta do livro, Complexidade, uma nova ciência, escrito por volta de 1991. De fato , a partir de 1990, tudo passa a trilhar o caminho do único. Teorias, algumas delirantes, anunciam o fim das ideologias. Outras, apontam a vitória do estilo ocidental. As sociedades não mais existem, dizem alguns. É o triunfo do indivíduo, gritam outros. Os Estados são ilusões, comentam . Na esteira dessa verborragia, surge o salvador, Ele, O Mercado. O mercado harmoniza a economia, e todos serão felizes para sempre, esquecendo-se que o sempre sempre acaba. É hora de modernizar, afastar esses dinossauros marxistas, privatizar. E para onde vão os recursos da privatização ? Para o Tesouro, claro, diziam alguns, sem explicar tesouro de quem. Nesse oceano de bobagens e insanidades em que mergulhou a década de 1990, as máscaras do capitalismo também não se faziam mais necessárias. Assim sendo ressurgem movimentos xenófobos, racistas, aceitação de práticas de tortura, o retorno do trabalho escravo e grandes demonstrações de poder por parte das grandes potências. Tudo issso , e muito mais, que o mundo acreditava ter eliminado. Na segunda metade da década a França faz um teste de arsenais atômicos na Polinésia Francesa, isso após a ECO-92, sem nenhum tipo de pressão internacional, salvo de ambientalistas. O então capitalismo vitorioso, e sua expressão globalizante, padroniza de alimentos,passando por estilos de vida, a expressões artísticas. No campo midiático os grandes veículos de imprensa abraçam o novo mundo, eliminando qualquer espaço para o contraditório e as críticas. A democracia e a república são duramente golpeadas. Não seria estranho se o mesmo movimento fosse tomado pelas religiões, mais precisamente por aqueles que apoiaram a era do indivíduo, no caso a Igreja Católica. E assim os conflitos religiosos, com a intolerãncia sempre empunhada, ganharam terreno e crescem , de forma preocupante, pelo mundo, inclusive aqui no Brasil. " Eles não gostam de nós, de nossos valores, de nosso estilo de vida" disse Bush na preparação de sua cruzada contra o Afeganistão, referindo-se aos não-cristãos. Vale lembrar que a invasão do Afeganistão teve a benção de João Paulo II. Em uma de suas primeiras declarações públicas o papa Bento XVI, criou profundo mal estar a atacar os muçulmanos. Aqui no Brasil, a intolerância religiosa já atinge níveis preocupantes, com terreiros de umbanda e candomblé sendo atacados e incendiados, emissoras de rádio e tv, de diferentes orientações religiosas, travando uma guerra diária de ataques e exalando intolerãncia e preconceito por todos os microfones. É hora de o governo agir com firmeza, fazendo cumprir as leis, e punindo tais crimes. A teoria dos erros nos ensina que um grande acidente é resultado de pequenos acidentes que ao longo do tempo não tiveram as devidas ações corretivas. Em uma alegoria, um grande acidente é apenas a ponta de um iceberg. A Complexidade, que compreende a realidade através da interdependência de diferentes ramos do saber - química, física, biologia, medicina, antropologia, astronomia, arqueologia, ciências sociais e políticas, etc... - está correta.
" Não sou um adepto da extinta URRS e não nutria simpatia por aquele regime, mas a sua extinção causará um enorme desequilíbrio no planeta, isso se a nossa Teoria da Complexidade estiver correta " Esse texto consta do livro, Complexidade, uma nova ciência, escrito por volta de 1991. De fato , a partir de 1990, tudo passa a trilhar o caminho do único. Teorias, algumas delirantes, anunciam o fim das ideologias. Outras, apontam a vitória do estilo ocidental. As sociedades não mais existem, dizem alguns. É o triunfo do indivíduo, gritam outros. Os Estados são ilusões, comentam . Na esteira dessa verborragia, surge o salvador, Ele, O Mercado. O mercado harmoniza a economia, e todos serão felizes para sempre, esquecendo-se que o sempre sempre acaba. É hora de modernizar, afastar esses dinossauros marxistas, privatizar. E para onde vão os recursos da privatização ? Para o Tesouro, claro, diziam alguns, sem explicar tesouro de quem. Nesse oceano de bobagens e insanidades em que mergulhou a década de 1990, as máscaras do capitalismo também não se faziam mais necessárias. Assim sendo ressurgem movimentos xenófobos, racistas, aceitação de práticas de tortura, o retorno do trabalho escravo e grandes demonstrações de poder por parte das grandes potências. Tudo issso , e muito mais, que o mundo acreditava ter eliminado. Na segunda metade da década a França faz um teste de arsenais atômicos na Polinésia Francesa, isso após a ECO-92, sem nenhum tipo de pressão internacional, salvo de ambientalistas. O então capitalismo vitorioso, e sua expressão globalizante, padroniza de alimentos,passando por estilos de vida, a expressões artísticas. No campo midiático os grandes veículos de imprensa abraçam o novo mundo, eliminando qualquer espaço para o contraditório e as críticas. A democracia e a república são duramente golpeadas. Não seria estranho se o mesmo movimento fosse tomado pelas religiões, mais precisamente por aqueles que apoiaram a era do indivíduo, no caso a Igreja Católica. E assim os conflitos religiosos, com a intolerãncia sempre empunhada, ganharam terreno e crescem , de forma preocupante, pelo mundo, inclusive aqui no Brasil. " Eles não gostam de nós, de nossos valores, de nosso estilo de vida" disse Bush na preparação de sua cruzada contra o Afeganistão, referindo-se aos não-cristãos. Vale lembrar que a invasão do Afeganistão teve a benção de João Paulo II. Em uma de suas primeiras declarações públicas o papa Bento XVI, criou profundo mal estar a atacar os muçulmanos. Aqui no Brasil, a intolerância religiosa já atinge níveis preocupantes, com terreiros de umbanda e candomblé sendo atacados e incendiados, emissoras de rádio e tv, de diferentes orientações religiosas, travando uma guerra diária de ataques e exalando intolerãncia e preconceito por todos os microfones. É hora de o governo agir com firmeza, fazendo cumprir as leis, e punindo tais crimes. A teoria dos erros nos ensina que um grande acidente é resultado de pequenos acidentes que ao longo do tempo não tiveram as devidas ações corretivas. Em uma alegoria, um grande acidente é apenas a ponta de um iceberg. A Complexidade, que compreende a realidade através da interdependência de diferentes ramos do saber - química, física, biologia, medicina, antropologia, astronomia, arqueologia, ciências sociais e políticas, etc... - está correta.
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